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História Homenagem

Arlindo Lopes de Albuquerque

Dono da Pedreira Santa Rita, foi conselheiro municipal e vereador de Atalaia.

11/04/2022 às 18h56 Atualizada em 18/04/2022 às 18h57
Por: Phablo Monteiro
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Arlindo Lopes de Albuquerque, ex-vereador de Atalaia.
Arlindo Lopes de Albuquerque, ex-vereador de Atalaia.

Em 20 de julho de 1900, o Engenho Urupema em Atalaia, Alagoas, aguardava com grande expectativa o nascimento de ARLINDO LOPES DE ALBUQUERQUE, filho caçula do Coronel Serapião Lopes de Farias com a senhora Maria Saraiva (Lopes) de Albuquerque, filha do Barão de Parangaba, José Miguel de Vasconcellos.

Infelizmente, a alegria pelo seu nascimento deu logo lugar à tristeza pelo falecimento de sua mãe, que não resistiu as complicações do parto. Órfão de mãe e com um pai próximo aos 60 anos idade, Arlindo foi criado com a ajuda de uma irmã, chamada Sinhazinha, na Fazenda Queimadas, em Atalaia.

Arlindo nasceu e cresceu em um dos ambientes familiares mais abastados de Atalaia. Seus avôs, seu pai, seus tios e primos tinham importante influência econômica no município, sendo grandes proprietários de engenhos e fazendas. 

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Esses grandes latifundiários também possuíam enorme influência nas decisões politicas do município. O avô de Arlindo, o Barão João Miguel, foi vereador de Atalaia, senador estadual, vice-governador de Alagoas eleito, chegando a assumir em duas oportunidades, o comando do Estado alagoano. Seu tio Joaquim Lopes de Farias Lima, foi Intendente de Atalaia e deputado estadual. Seu tio Dr. João Carlos de Albuquerque, foi vereador, Intendente de Atalaia e senador estadual. Arlindo é primo do Dr. José Casado de Farias Lima e do Dr. João Carlos Filho.

Seu pai, o Coronel Serapião Lopes, foi um dos políticos de maior destaque no município nas duas primeiras décadas do século XX, chegando a governar Atalaia em várias oportunidades. 

Quem também assumiu a chefia do Executivo atalaiense na década de 30, na condição de Prefeito Interventor, foi o irmão de Arlindo, o senhor José Miguel de Vasconcellos Netto. 

Com tamanha influência política vivenciada muito de perto por Arlindo Lopes de Albuquerque, era uma condição natural seu ingresso na política atalaiense. E, após mandatos consecutivos de seu irmão José Miguel Netto, no Conselho Municipal, passa Arlindo a ser o escolhido para representar a família no Legislativo de Atalaia.

Foi eleito conselheiro municipal em duas eleições consecutivas, para as Legislaturas de 7 de janeiro de 1925 a 7 de janeiro de 1928, durante o governo de seu sogro, o ex-prefeito Ernesto Lopes de Vasconcellos e em 7 de janeiro de 1928 a 7 de janeiro de 1931.

Seu segundo mandato durou poucos meses, já que em 13 de junho de 1928, apresenta carta de renuncia, sendo substituído por seu primo Júlio Lopes de Farias, filho do ex-Intendente Joaquim Lopes de Farias Lima.  

Com a redemocratização politica no Brasil e com a reabertura das Câmaras Municipais, volta Arlindo Lopes de Albuquerque a ser eleito vereador (1951-1954), durante o primeiro governo do ex-prefeito Zé Tenório. 

Com 25 anos de idade, casa-se no dia 20 de outubro de 1925, com a jovem senhorita Maria Amália Lopes (de Albuquerque), filha de um dos grandes nomes da história de Atalaia, o ex-prefeito Ernesto Lopes de Vasconcellos e irmã do ex-prefeito Zeca Lopes. 

Arlindo e Maria Amália eram primos, não de primeiro grau. Tiveram seis filhos: Maria do Carmo, Maria Cordélia, Marise esposa de Aldo Agra de Albuquerque, Iolanda, José Claudio e Cacilda. Iolanda e Cacilda foram criadas por seu primo o Dr. José Casado Filho e esposa. 

Em Atalaia, residiu em uma casa localizada quase vizinha ao antigo prédio da Câmara Municipal. Também teve residência na Fazenda Varame, pertencente a seus familiares.

Empresário, Arlindo Lopes foi dono da Fazenda Santa Rita e da Pedreira Santa Rita, localizada próxima a Usina Uruba. Na Usina Uruba, foi gerente de um estabelecimento comercial: “Dispensa do Povo”. 

“Meu avô era um homem de bem, que gostava muito dos netos e que nunca abriu mão de curtir a vida. Lembro que viajava muito, principalmente para Ilhéus, na Bahia. Tinha uma linha de pensamento além da época. Fez tudo o que queria, aproveitou a vida em todos os sentidos. Comparo ele muito como meu pai José Cláudio”, destaca o neto que recebeu seu nome em homenagem, Arlindo Lopes de Albuquerque Netto.   

Arlindo Lopes de Albuquerque faleceu em 1º de junho de 1974, em Maceió. Tinha 74 anos de idade.

Seu Arlindo Lopes, de mãos dadas com sua esposa Maria Amélia Lopes. Também na foto sua filha Marise.

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