Talvez a maior definição de futuro para muitos jovens seja a incerteza, o não saber a condição, posição, qualidade ou situação que poderá estar no tempo vindouro. De fato, pensar em como estaremos posteriormente pode nos trazer uma sensação de hesitação e inúmeros questionamentos, sem ter ao certo a consciência do que nos espera, quais serão as conquistas e os desafios que teremos de enfrentar.
Apesar da dificuldade de sabermos isso, temos um medidor que podemos usar para compreender um pouco o horizonte que queremos, ele é o que estamos construindo hoje para o amanhã. O que nós, como jovens fazemos em prol de nosso próprio futuro e da coletividade?
A luta dos movimentos estudantis nas décadas de 1960 e 1970 contra a ditadura militar e pelo restabelecimento da Democracia nos proporcionaram hoje viver em um Estado Democrático de Direito. A maior preocupação na construção daquele movimento pelos jovens da época, era a transformação do futuro para que toda sociedade pudesse ter sua autonomia e liberdade que havia sido ultrajada pelo golpe de 1964.
Este é somente um dos grandes exemplos que temos de como o que fazemos hoje definirá o nosso tempo futuro, seja individualmente ou coletivamente com nossa família, amigos e a sociedade. O anseio ou o temor dos passos que precisamos dar hoje podem nos atrapalhar, mas o maior arrependimento certamente será o de não tentar, do que possivelmente falhar.
O jovem possui a determinação necessária para prospectar um futuro melhor, o levantamento disto depende única e exclusivamente daquilo que ele vem realizando e almejando atualmente. Portanto, nossa maior compreensão do porvir deve ser o que realizamos e entender que o futuro não é temeroso e sim o maior presente que podemos receber.
O maior questionamento que devemos ter é: o que estou fazendo para construir o que desejo?
Para Alan Kay, “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.”
Por Thyago Pereira
Fonte: Instituto Reação