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Cidade Mobilidade Urbana

Planejamento e mobilidade urbana é foco de estudo fomentado pelo pesquisador Maxwel Amorim

“Precisamos promover cidades uma cidade humana, inclusiva, resiliente e sustentável!", destaca o docente.

19/11/2021 às 20h26 Atualizada em 27/11/2021 às 10h01
Por: Phablo Monteiro
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O docente e pesquisador Maxwel Amorim, é egresso e docente do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário CESMAC e especialista em logística.
O docente e pesquisador Maxwel Amorim, é egresso e docente do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário CESMAC e especialista em logística.

Maxwel Amorim é engenheiro de produção e atualmente desenvolve trabalhos e com foco na inteligência de negócios e performance da gestão, se destaca em estudos de compliance, gestão de riscos, governança e planejamento urbano, dentre outros. O pesquisador afirma que pensar em cidades resilientes exige, da agenda urbana, uma consciência 360 e planejamento efetivo. Resiliência e mobilidade nunca foi tão necessário!!!

Com o objetivo de analisar e contribuir com estudos no contexto das cidades resilientes frente ao planejamento das cidades e mobilidade urbana, o docente e pesquisador Maxwel Amorim, que é egresso e docente do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário CESMAC e especialista em logística, analisa a importância dessa realidade, integrando ao contexto atual no que se diz respeito ao conjunto de políticas públicas de transporte e circulação, que visa proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano.

“Os problemas de mobilidade urbana estão estritamente relacionados com um conjunto de fatos urbanos e fenômenos sociais recentes, revelados por evidências empíricas, tais como a profunda crise habitacional, o crescimento das favelas e o agravamento da violência e da insegurança viária, assim como dos congestionamentos urbanos, nas últimas três décadas. O entendimento desses problemas e de suas possíveis soluções pode representar o primeiro passo para mudanças nas políticas de desenvolvimento urbano”, destaca o pesquisador.

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O grande desafio é como colocar em prática demandas tão necessárias, e urgentes no contexto da gestão municipal, que ao mesmo tempo que acumula conceitos, concepções e talvez até palpites, sofre com a escassez de recurso. Embora investimentos sejam, de fato, necessários, a escolha de mecanismo de gestão e de competência se façam indispensáveis perante a melhor estratégia a seguir.

“Um dos problemas da mobilidade urbana é que o espaço público do sistema viário é consumido de forma desigual pelas modalidades de transporte, perceber a relação de espaço apropriado pelo usuário do carro, do transporte público e pelo ciclista é crucial. Cidades menos frágeis respondem melhor aos desafios do desenvolvimento”, detalha Maxwel.

Compreendendo o problema do consumo do espaço viário de forma desigual perante diversos aspectos:

O problema resulta do consumo majoritário pelo usuário do carro de um espaço viário destinado a todos e financiado pelo poder público. Quando não é cobrado pagamento adicional do usuário de carro para compensar essa utilização comparativamente desbalanceada, observa-se um direito diferenciado para esse usuário e relação a transporte coletivo, bicicletas e ainda ao pedestre.

A variação nas frequências de transporte coletivo e a baixa oferta espacial de estações de transporte que se preocupem na integração desses com outros mecanismos facilitadores do deslocamento de média e alta capacidade, e assim possam influenciar positivamente os tempos de deslocamento e a acessibilidade, problemas vivenciados nas cidades brasileiras.

Garantir acessibilidade, segurança, eficiência, qualidade de vida, e dinamismo econômico, além inclusão social e preservação do meio ambiente é indispensável para diminuir impactos sobre o meio ambiente e a qualidade de vida da população.  Afirma o especialista. 

Maxwel ainda afirma que “precisamos promover cidades mais humanas, inclusivas, resilientes e sustentáveis”, reforça o pesquisador. A iniciativa foi impulsionada pelo envolvimento do engenheiro com ações nacionais a caminho do uso e ocupação do solo, da mobilidade e acessibilidade urbana por meio de um roteiro para a resiliência urbana, e tudo que segue nesse processo, realizando mapeamento de áreas, estudos de vulnerabilidade inspirando projetos e ações sistêmicas efetivas, inclusivas, sustentáveis e inteligentes. 

Evitar que as "cidades dentro da própria cidade", cresçam sem planejamento, totalmente desordenadas e sem infraestrutura, é papel dos planejadores urbanos.

“O planejamento urbano ou de reurbanização de uma determinada cidade, no contexto da mobilidade, não é nada fácil. Você sabia que o vai e vem do cotidiano dos cidadãos requer uma análise macro e microurbana bem detalhada? Busca-se sempre a percepção do funcionamento da cidade e das necessidades mais urgentes da população é notório. Além disso, não perceber a vivacidade que as ruas e calçadas apresentam sua enorme função social, econômica e cultural torna-se um retrocesso”, afirma o professor.

“O planejamento urbano deveria se basear para desenvolver projetos que supram à necessidade e demandas de determinadas áreas. Diagnosticar os problemas de um bairro e tentar resolvê-los antes que tomem proporções alarmantes é um dos principais fatores que torna uma vizinhança bem-sucedida, conectada e equilibrada”, ressalta Maxwel Amorim.

Para explanar sobre a temática, Maxwel relata que os atores locais são essenciais para promover equilíbrio e acessibilidade, mas não podemos esquecer dos indicadores urbanos, o trânsito das cidades tem se desenvolvido e a importância de intervenções técnicas adequadas para que todos os usuários possam usufruir de um trânsito seguro nas grandes metrópoles. O planejamento urbano e das vias de transporte pode ser determinante para que a mobilidade urbana contribua para o desenvolvimento e evolução das cidades.

Maxwel destaca que diversas são as cidades ao redor do mundo que, seja por necessidade de desenvolvimento ou por vontade de ser melhor, mudaram os seus sistemas de transporte e a forma de viver da população, alcançando melhores padrões de vida e melhor qualidade do ambiente urbano.

“A transformação de seu sistema viário, a partir da redução das faixas destinadas a automóveis, eliminando estacionamentos e criando oportunidades seguras de circulação para ciclistas não é nada fácil. Promover um adequado e eficiente sistema de ciclovias, separadas das calçadas e faixas de automóveis é possível. Planejar é melhor!”, ressalta Maxwel Amorim.

Em relação ao transporte público, dados levantados pela CNM mostram que entre municípios que assumiram 100% do serviço e das despesas com transporte público, 96,1% possuem menos de 50 mil habitantes. Tal informação também ganhou espaço no seminário, assim como esclarecimentos sobre a Lei 14.000/2020, que estendeu o prazo dos Planos Municipais de Mobilidade e os principais problemas enfrentados pelos Entes locais. Nesse sentido, se munir de ferramentas de planejamento da mobilidade, incluindo a utilização do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), do sistema de elaboração dos planos de mobilidade e ferramentas de captação de recursos é e suma importância para a captação de recursos e melhoria do processo de municipalização.

Maxwel relembra que o Decreto 10.803/2021, que instituiu o Fórum Consultivo de Mobilidade Urbana, é composto por 12 integrantes de órgãos de governo e entidades setoriais e que o financiamento eficiente da infraestrutura para a mobilidade é resultado de um planejamento da gestão em âmbito municipal, envolvendo regulamentação e fiscalização dos serviços de transporte de forma integrada. “Mas também é necessário um conjunto de políticas nos três níveis de governo”, ressalta o consultor.

“A análise feita no estudo também é relevante para provocar a reflexão da gestão pública e privada sobre o ciclo de políticas públicas, dinâmica evolutiva das cidades o desenvolvimento urbano visto a importância de um forte engajamento no sentido de esclarecer questões de trânsito responsabilidade de cada cidade. Desde o planejamento, fiscalização, e ações educativas até circulação de veículos, estacionamento, sinalização, desenvolver atividades de engenharia de tráfego, fiscalização de trânsito e controle e análise de estatística”, conclui Maxwel.

Acompanhe as novidades no Instagram do pesquisador @maxamorim.of. Conheça mais sobre o pesquisador link: br.linkedin.com/pub/maxwel-amorim/52/902/86a/

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